chega ! não dá para continuar a dizer ''estou bem'', sabendo que não é esse o caso. não dá para continuar a fingir, pelo menos não consigo enganar-me a mim mesma. os caminhos, aqueles que nos separaram continuam cruzados, contudo distantes um do outro, com obstáculos que impede que se cruzem. cada ida tua era um choro meu, cada chegada enunciava um receio de te ires, como aquilo que passamos. cometemos erros, como todo o ser humano comete, mas dói o facto de não dizeres nenhuma palavra, dói não estares por perto, arde ainda mais saber que podes voltar, mas que o tempo é indefinido, é de espera, ansiedade e dureza. os caminhos, bem longos como a linha de um novelo, que não facilita o nosso cruzamento, que impede que voltemos ao que era no início, apenas nós os dois a caminhar em paralelo, lado a lado. a verdade ? a conversa pegou fio à miada, porque houve iniciativa, a conversa desenrolou-se, como o novelo. disse-te aquilo que te disse, mas há tantas coisas que eu te queria dizer, mas não te consigo transmitir, porque tenho medo da tua reacção. resolvemos as coisas, mas sinto-te distante, e não me quero aproximar demasiado porque não quero que penses que te estou a pressionar. mas o facto é que tenho saudades de ver, de te tocar, de te abraçar ! tenho saudades de quando tudo era mais simples, quando sorriamos e conversávamos sem nenhuns problemas, mas agora tudo mudou !*

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