tu*

É estranho saber que não estás mais aqui, ainda que estejas sempre comigo. Magoa-me pensar que posso precisar de dar uma gargalhada e ver os teus olhos sorrirem também pela minha alegria, e não os ver. Dói-me saber que posso ficar magoada e precisar de um abraço e não sentir a segurança dos teus braços e o teu cheiro familiar e característico. Destrói-me estar certa que nada vai ser igual.
Queria ouvir algumas palavras de amor e só ouvia vozes estranhas. Queria os teus sons e os teus lábios a dizê-las, não uma outra qualquer voz que não reconheceria de olhos vendados.
Gostava de sentir a tua mão a aquecer a minha e que me abraçavas, em silêncio, quando me apetecia chorar. Gostava do silêncio e de encostar a cabeça no teu peito, nos raros momentos em que estava calma. Gostava quando pronunciavas palavras queridas ao meu ouvido. Gostava do brilho nos teus olhos quando estavamos perto um do outro. Gostava da maneira doce com que dizias o meu nome e dos teus beijos para me mostrares que estás sempre comigo. Gostava da harmonia com que falavas e agias. Gostava tanto dos seus mimos. Gostava quando do nada me pedias um beijo e eu só para brigar contigo dizia-te que não dava e ficavas amuado.
Gostava tudo em ti.
Gostava de ti pelo facto de me teres feito sentir tão bem.
mas como me dizem sempre, o que é bom não dura eternamente !

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